Esse semestre tenho que reordenar uma quadra da Cidade Universitária de Madri. Os passos que sigo são incertos. Mesmo assim, sigo. Vou ao terreno e caminho, observo, cheiro, toco e sinto. Tento compreender o que acontece por ali. O que mudar, por que mudar e, logo, como mudar? Enquanto ando, vou narrando o que percebo e o que muda passo-a-passo. Penso no que narro tentando encontrar algo que me chame a atenção. Vejo uma sombra em um banco solitário na rua que beira o quarteirão. O piso da calçada é de pedras pequenas e marrons e, quando chegar o 137, entro e vou para Moncloa – dali já não seguirei mais pensando no projeto. Agora me pergunto se foi uma boa idéia voltar a esse terreno tão abandonado.